O Reino Escondido, de Chris Wedge [Resenha]

Por Letícia Maria Klein •
23 maio 2013
Oie! Tudo certo contigo? Espero que sim! E obrigada por passar por aqui!

Como post de estreia do blog, quero dar uma dica de animação que chegou aos cinemas brasileiros recentemente e que vi neste último fim de semana. Dos criadores de A Era do Gelo e Rio, O Reino Escondido (Epic, no original) conta a história de seres da floresta que tem como missão de vida protegê-la, os verdinhos Homens-Folha. Mas, como a maioria das animações nos mostra, o bem não reina absoluto na Terra não. Existem também os carinhas maus, chamados Boggans, que tentam destruir a floresta e torná-la um lugar sombrio e sem vida. É no meio dessa luta que entra em cena a Maria Catarina, ou como ela prefere ser chamada, M.C.


jovem acaba indo morar com o pai, o professor Bomba, um cientista que tenta a todo custo provar que o reino escondido na floresta realmente existe, bem ali pertinho de sua casa. Para isto, ele instala câmeras em diversas árvores. Mas, como o resto do mundo, M.C. não compartilha das crenças do pai. Prestes a deixar a casa dele, ela é pega de surpresa pela Rainha Dara, que lhe envia numa missão para salvar a próxima geração da floresta. A partir daí, o enredo se desenrola. 


O que mais me chamou a atenção no filme são os conceitos trabalhados na trama. Opostos, por sinal. Um deles, que aparece logo no começo, é de que a própria floresta abriga os elementos da sua salvação e sua destruição, sem nenhuma interferência humana. Convenhamos, não rola, sabemos que não é assim que a banda toca. Primeiro, porque nenhum animal (digo animal porque os vilões são representações de animais mesmo) teria a intenção de acabar com sua própria casa (ahn, por que os humanos fazem isso mesmo?); segundo, porque natureza e humanidade são interligados e ações geradas de um lado causam reações no outro. 


Mas, talvez como forma de compensar essa visão, os Homens-Folha e a Rainha Dara são personificações humanas, as únicas entre todos os integrantes do reino (flora e fauna - destaque aqui para lesma Mub e o caracol Grub, a dupla cômica que ajuda M.C. na missão), o que representa a responsabilidade que as pessoas têm de cuidar do meio ambiente. O papel que a menina e seu pai desempenham na história também reforça esse segundo conceito de que os humanos são parte do meio ambiente e tudo o que cada um faz tem impacto no planeta, seja ele positivo ou negativo. Ainda assim, o filme, de forma geral, não passa a ideia de que os humanos são grandes causadores de males ao meio ambiente, o que pra mim é uma falha.


Tendo isto em mente, o filme é bacana, com ação, humor e romance, personagens bem delineados, mas é totalmente ilusório. Não considerar a ação humana sobre a natureza, simplesmente, não dá, vamos combinar. 

A animação foi dirigida por Chris Wedge e teve como um dos roteiristas o autor William Joyce, que escreveu o livro que deu origem ao filme (The Leaf Men and the Brave Good Bugs). Joyce também teve outra obra sua adaptada ao cinema, A Origem dos Guardiões, que estreou no fim do ano passado e traz uma linda história sobre inocência e fé (já vi duas vezes, é muito bom!). 

E você, vá viu O Reino Escondido? Deixe um comentário sobre o que achou do filme. Se ainda não foi, fica aqui a indicação (sem esquecer o olhar crítico). Confira o trailer abaixo.

2 comentários:

  1. Anônimo5/28/2013

    Juh:

    Parabens pelo blog, pela iniciativa tão linda,
    de falar sobre algo tão crucial, principalmente nos dias de hoje, extremamente necessario repensar nossas ações e cuidar mais da nossa casa! Adorei o post sobre a animação!
    Parabens novamente, muito sucesso no blog, beijos!!!

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    Respostas
    1. Oi Juh!
      Muito obrigada pelo comentário e seja bem-vinda ao Sustenta Ações! Que bom que gostou do blog e do post.
      Beijos.
      =]

      Excluir

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